
Eu gosto mais do "Reconheça-te" do que do "Conheça-te a ti mesmo". Não é simplesmente uma questão semântica. Quando nos reconhecemos no que fazemos, por exemplo, parece que o sujeito do conhecimento e o objeto conhecido estão mais próximos, mais íntimos, por assim dizer.
Quando nos reconhecemos, podemos dispensar a avaliação dos outros, eis que já temos a nossa; e o ideal é que esta nos baste.
E só nós sabemos como o reconhecer-se pode nos machucar ante nossas falhas, ou então provocar regozijo quando acertamos.
Há os que suplicam por confirmação, que necessitam de aprovação constante. Estes precisam se sentir importantes, amados, desejados; em algum grau, todos nós somos assim, é da condição humana.
A diferença é que os que se reconhecem nos próprios limites e nas próprias potências, lideram a si próprios e, portanto, estão aptos a liderar os demais,
enquanto que os outros, que ainda não foram apresentados a si mesmos, forçados pela percepção de insuficiência, sempre estarão em busca de alguém que lhes diga o que, desesperadamente, precisam ouvir. Jamais poderão liderar alguém, posto que não lideram a si.
José Sanchez
Psicólogo, Psicanalista e Empresário
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