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Desenvolvendo pessoas melhores que nós mesmos

A importância de acreditar no potencial do outro de chegar aonde ainda não chegamos

 


Um tema que me fascina e que tenho conversado recentemente com líderes que me inspiram é sobre como podemos ajudar a desenvolver pessoas a irem além de onde fomos até agora e conquistar o que ainda não conquistamos, seja numa relação entre mentor e mentorado, gerente e empregado ou em uma relação familiar ou de amizade.


Apesar de ser um tema relativamente simples no discurso, na prática, desenvolver pessoas para chegar aonde ainda não chegamos requer um esforço grande de ambas as partes, principalmente da pessoa com mais experiência na relação.


Primeiro, a pessoa com mais experiência – seja ela mentor, gerente, amigo ou familiar -, precisa ter a humildade de reconhecer algumas das suas oportunidades e pontos que gostaría mas ainda não conseguiu alcançar, e aceitar que outra pessoa possa vir a fazê-lo, e até se tornar melhor que ela no tema com o tempo.


Segundo, a pessoa com mais experiência deve escutar mais, ao invés de compartilhar um passo a passo para chegar aonde já chegou. Descobrir o que motiva a outra pessoa, suas aptidões, sua marca pessoal e o seu histórico são fundamentais para conseguir ajudá-la a chegar aonde não chegamos.


Por último, e talvez o maior desafio para a pessoa com mais experiência, seja dar a direção de um destino aonde nunca fomos. É como fazer um roteiro para um lugar que ainda não visitamos – quem sabe dividir mais insucessos e percalços do que sucessos e certezas possa ajudar o próximo a evitar os mesmos erros que cometemos?


Já para a pessoa com menos experiência na relação, a jornada começa por acreditar na sua capacidade de ser ainda melhor que o seu mentor, gerente ou pessoa com mais experiência. O verdadeiro progresso e o motivo pelo qual a “barra” está sempre subindo é porque novas pessoas percorrem novos caminhos, de forma mais rápida, eficiente e chegando mais longe do que os anteriores.


Segundo, a pessoa com menos experiência deve buscar no mentor não um “mapa do tesouro” para saber exatamente onde está a resposta, mas sim ferramentas, aprendizados, sucessos e falhas anteriores para que possa trilhar o seu próprio caminho de uma forma mais efetiva.


Terceiro, cabe a pessoa com menos experiência aceitar que percorrer um novo caminho naturalmente gera anseios, um certo frio na barriga e, principalmente, que este caminho será pavimentado por tentativas e erros, e permitir-se errar é fundamental para o progresso.


Este conjunto de atitudes, que requer humildade, compartilhamento, confiança e um certo nível de tensão positiva de ambas as partes, ajudará que ambos sejam beneficiados e que a pessoa hoje com menos experiência possa atingir objetivos que a pessoa com mais experiência ainda não atingiu e, porque não, ajudá-la a alcançar o mesmo de uma forma mais simples no futuro.


Todos se beneficiam de um mundo com pessoas e profissionais melhores do que os de hoje, e cabe a nós, independente de qual das duas figuras – com mais ou menos experiência – formos, assumir esta responsabilidade para fazer a diferença.


João Samoza

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